Véu do esquecimento

Hei de ruir no vil esquecimento,
feito a folha deixada sobre o chão,
eterna em sua tênue duração,
perdido no vazio do momento!

Carcereiro do intérmino tormento,
do silêncio que grita em contrição,
à mercê dos encantos da ilusão,
que juram mitigar meu sofrimento...

Mas a morte confirma essa certeza,
e o riso já se perde na tristeza,
junto do amor em sua desvaidade!

Convicto do paupérrimo destino,
caminho lento para o desatino,
na busca da fatídica verdade!

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