Desamparo

Por entre ruas, tenho clamado,
já por um canto inóspito, vagante,
cativo do infortúnio vil e errante,
por desprezíveis, sendo desprezado.

E tenho sido ainda perturbado
pela mágoa cruel e exorbitante,
sentindo a dor tirana e exasperante
de um coração que nunca fora amado!

Sinto-me o completo e único estranho
neste mundo sobejo de tamanho,
almejando do amor algum reparo...

E sinto, num efêmero lampejo,
por entre tanto ódio malfazejo,
um frio sepulcral de desamparo!

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