Alma torturada

Ó alma bela e triste e saltitante,
que cumpre triste sina solitária,
padecendo por ser a carcerária
de uma existência fria e destoante.

Em seu peito essa dor se fez constante,
tomada pela mácula adversária,
onde jaz a alegria imaginária,
— que sina vil, que chaga torturante!

Agora que lhe resta a aceitação
da sua própria crucificação,
no tão menosprezível abandono.

De sonhos vagos, queixas esquecidas,
onde terá as lágrimas vertidas,
senão sobre um leito em profundo sono...?!

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