Amor também é dor.
Preferem que eu não fale da dor
Mas às vezes se esquecem
Que o amor vem em forma de dor
Ainda que eu fale das flores
Ainda que eu cante de cores
Há nos espinhos um segredo
Um eco do mais puro enredo
O amor é um oceano, profundo e sem fim
Às vezes sereno, às vezes assim
Em ondas quebradas, em mar revolto
O amor é o porto, é o próprio sol alto
Falemos das flores, dos espinhos também
Do doce perfume e do espinho que vem
Pois são faces da mesma moeda
E é no amor que encontramos nossa graça ou nossa própria desgraça.
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