Cansaço amargo.

Em meu cansaço profundo
Vejo-me perdido, em busca de um rumo
A exaustão me consome, dia após dia
E sinto minha alma adormecida, sem aquela antiga melodia.

Cansado de fingir, de usar máscaras
De buscar aprovação tantas vezes, e nunca conseguir
A pressão para agradar, sufocante e pesada
Minha autenticidade, quase apagada.

Emaranhado em pensamentos obsessivos
Congelo, imobilizado, em redemoinhos corrosivos
A vida passa, desprovida de razão,
E eu, cativo nesse ciclo, sem solução.

No piloto automático, sigo adiante
Mas a essência de quem sou se dissipa
Perco-me nas tarefas cotidianas
E a conexão com o mundo se esvazia.

Sinto-me como uma máquina programada
Executando roteiros que não me pertencem, que nunca pensei percorrer
A vida me passa despercebida e tão veloz
E eu, espectador, apenas assisto, sem voz.

Cada dia é uma repetição cansativa
Um ciclo que parece não ter fim
Nessa existência vazia e repetitiva
A alegria e o fulgor se extinguem em mim.

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