Espectador.

Sou apenas um espectador em um mundo que não me pertence mais. As pessoas passam apressadas pelas ruas, sem perceber a beleza que as cerca, sem notar a dor que permeia em cada esquina. 
E eu, aqui, sentado, tentando encontrar sentido em meio a tanta desordem.


A cada dia que passa, parece que o mundo fica mais barulhento, mais agitado, mais desconexo. 
E eu, aqui, buscando um momento de silêncio, um momento de paz. 
Porque é nesses momentos que a gente consegue ouvir a voz da alma, que fala tão baixinho, mas que tem tanto a dizer.


As pessoas passam por mim sem me ver, sem saber que eu existo. 
E eu, aqui, existindo, respirando, sentindo. 
Porque a vida é isso: existir, respirar, sentir. 
Basta estar presente, basta estar atento, basta estar vivo – ao menos para alguns.


Gosto da ideia de não ser dono do mundo, de não ser o protagonista ou até mesmo de não ser o diretor. 
Não tenho o controle sobre nada. 
No final das contas o que importa não é o que temos, mas o que somos. Enquanto eu estiver sentado aqui, observando, absorvendo, existindo, sei que estou vivo.

Comentários

Postagens mais visitadas