Telefone.

O telefone toca na solidão da noite,
E eu atendo sem saber o que esperar,
Pois há tempos que não recebo chamadas
E o silêncio parece estar a me cercar.

O aparelho é um portal para o mundo,
Mas parece estar quebrado ou sem sinal,
E eu me sinto cada vez mais sozinho,
Com a sensação de que tudo é banal.

As vozes que antes enchiam minha casa
Agora são apenas ecos do passado,
E o telefone que antes era minha salvação
Agora é um objeto inútil e descartado.

E assim eu sigo, esperando por um sinal,
Um telefonema que me faça reviver,
Mas a vida parece ter me esquecido,
E o telefone agora é só um meio de sobreviver.

O toque do telefone é como um lamento,
Que me faz lembrar de dias melhores,
E eu me pergunto se algum dia novamente
O aparelho irá soar com suas cores.

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