Doente de mim mesmo.

Sinto meu corpo pesado como pedra, uma pedra que está contra uma mare gigante de ondas cortantes, com dores e feridas dilacerantes, profundas demais para suturar, pra falar a verdade, parecem estar no fundo de minha alma, minha mente correndo como se tivesse algum lugar para chegar, meus pensamentos emaranhados num tipo de psicosfera doentia alimentada pelo caos do vazio.

O clima é de tensão e desespero, sem nenhum exagero, pareço estar vegetando a morte deitado sobre a cama da vida, enrolado em lençóis do mais puro e sereno medo. Sinto-me doente de mim mesmo.  Sinto-me tomado por esse desespero, sinto-me abandonado a beira de uma trincheira qualquer, posto a morte, dando meus últimos suspiros de vida.

Tudo é banal e insignificante, pareço estar anestesiado de uma cirurgia que não tem fim, pareço estar anestesiado da vida. Sinto-me assim a tempo o suficiente para pensar em desistir. Não sei mais o que fazer, talvez a depressão seja mesmo o câncer da alma.

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