Quem sou eu?

Sofro por não ser eu, sofro por não saber quem sou. Levanto-me toda manhã e visto uma máscara, uma armadura, neste corpo cansado. Cada tom de voz é mentira, cada gesto é falsidade, cada sorriso é tristeza. Nada é real.

Sinto-me preso neste paradoxo, neste espelho irreal e falso. Reflete alguém que desconheço, um completo estranho. Espero encontrar-me em breve e finalmente saber quem sou. Dói-me ainda mais saber que talvez nunca me encontre, talvez continue sendo uma folha em branco até meu último suspiro miserável.

Conheço somente a própria evidência de minha existência, minha respiração, meus passos. Quem sou eu afinal?

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