Passado, presente e futuro.
Questiono ao meu eu do passado, aquele garotinho ingênuo e singelo que ainda não tinha muitas cicatrizes, as que tinha, podia contar nos dedos de uma só mão. O questiono: sua alegria parece um sonho, tudo o deleita e nada o deixa tristonho, tudo é mágico e fascinante. Pode declarar a mim pequeno garotinho, com toda a sinceridade, considera que tem direito a tanta felicidade?
Ele responde calmamente: minha voz não reflete meus mais profundos e baixos pensamentos. Logo, estarei assim, como você, como eu, como nós, tristonho e angustiado o tempo todo com a vida. Nada mais será mágico e fascinante, o mundo se tornará pálido e sombrio, a felicidade não terá mais endereço e esse será o meu, o seu, o nosso fim.
Vejo que o garotinho ingênuo do passado tem a plena e penosa razão. Hoje, aquele doce e feliz garotinho do passado, se tornou um adolescente, que quase adulto, não dá certo com quase ninguém. Odeia tudo e todos, afasta-se de tudo e todos, não ao ponto de ser rebelde, mas incompreendido. Tem problemas com socialização, tem problemas em demonstrar o que sente, toma remédios e se sente perdido. Tudo o que esse garotinho quer é ser entendido, mas parece ser quase que impossível.
Mas e o futuro...?
Comentários
Postar um comentário