Insignificância.

A verdade nua e crua, a verdade desprovida de caráter, é que ninguém se importa, ninguém dá atenção. Posso perambular pelas ruas com uma melancia enfeitando minha cabeça, e as pessoas sequer desviarão o olhar. 

Torno-me alguém invisível, e isso é trágico, é desolador, de uma amargura tão profunda que se torna insondável. Almejo ser notado, mas sou ignorado. Sinto-me como um rato sujo, uma criatura repugnante, um fantasma assombrando uma casa abandonada.

Anseio por transbordar, entrar em contato com eles e fazer parte de seu mundo. Mas, não encontro a saída de meu insignificante mundo. Por mais que me esforce, permaneço sempre invisível. Não há nenhum vestígio sequer de importância, por mais que me esforce, permaneço eternamente invisível. 

Possuo alguma relevância apenas em meu próprio mundo, talvez nem mesmo nele, mas posso dizer que é um mundo tão triste, tão vazio e solitário. 

E isso fere, como fere.

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